sexta-feira, março 19, 2010

10/03/2009

Fotografia de uma onda não mostra como ela se movimenta, até chegar ao clímax da rebentação pura.
É uma recordação de uma força intensa, que permanece.
Não preciso de pensar para demonstrar o que tento, está à vista e não me contento com pouco.
Não chega a altura do ar que inspiro para dizer o que sinto, e muito menos esboço um sorriso só para dizer que não minto.
É o momento em que acendo um cigarro e digo para mim que quando se apagar, será quando tudo se for.
Freeze, e memorizo os fragmentos de cinzas sopradas pelo vento, que não sustento.
É fácil cantar uma cópia, abstracto? Considero tudo concreto e não estou a pensar em intelecto.
São certos aspectos que não servem de planos, porque são faltas de expressões que afectam a rima ou escrita dum papel em branco.

segunda-feira, março 01, 2010

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Argumento, se eu pudesse mostrar, daria. Daria para receber e pintar a tua forma, num expoente de loucura e simplicidade.
Palavra limitada pelos costumes morais, e vejo o que ouvi, e mesmo assim não me dei à tua conformidade (ir)racional.
Na pressa de chegar, virei as páginas, acelerei meu próprio pensamento, para chegar à ideia que não tenho, nem possuo meio para julgar ou duvidar.
Sei que um dia, clarificado de inteligência, a minha persuasão (in)útil, irá dar-me percepções dessa mesma palavra que questiono e não me vê.
Estando lá, dentro de mim, não se deixa mostrar(...) inconscientemente eleva-me o ego profundo e mexe nas minhas introspectivas mais vivas de memórias; recordações.
É como passear de mão dada com a minha sombra, feita de reflexos menosprezados pelo tacto.
A diferença mantém-se, se eu parar, continua.
E enquanto eu estiver sóbrio de enganos, reclamarei o meu princípio mais básico do meu viver: Não sei o quê.
(...)
Leva-me para mais um quarto, uma metade que precisava. Volta, mas não te voltes para mim; fica suspenso no ar, num estado sublime de arrogância e não te enchas de formalismos, coisa que em poucos segundos, perdes.
São coisas... Faz parte.
E se o fim for certo, o princípio não parou, e eu fui do tempo.
São coisas, da razão.

terça-feira, janeiro 12, 2010

Teimamos a dizer que nunca vai ser, nunca será.
Que nunca verás, que nunca mostrarás.
A chave de ligação entre as palavras desligadas, é saber mantê-las.
Articular até que façam sentido, esperar que se mexam.
Vou sentar-me e usar o tempo em meu privilégio.
Se ignorasse os meus sentidos, as minhas acções nada iam reflectir o que era.
A escrita tem o poder sublime de me parar; e faz-me sublinhar o quão diferente vejo o que me move.
Vou mergulhar em mim, perceber-me sem pensar, sentir sem mostrar.
O que passei hoje para a minha mente, mostram-me recordações momentâneas (...)
E, as recordações vêm sempre com um risco.

sábado, novembro 21, 2009

comfortable.

Hoje deixei a mente à porta.
Quis ver até onde ia eu sem reflexos; não executei um movimento, era um vidro prestes a ser estilhaçado. Arriscar-me-ia a sentir sem pensar.
É neutro, iria-me tornar anárquico do pensamento, ele deixaria de ser meu, e a minha liberdade perder-se-ia.
Amanhã não me vou importar, mas vou querer hoje.
Hoje vou querer ver o mar, enquanto estiver lá, é mútuo.
Quanto ocupará um pensamento? Voam ao serem idealizados.
Horas de reflexão tornam-se consistentes, conscientes de plenitude mental.

De algum modo, nao encontro espaço para me libertar dos planos que para mim são ofuscantes.
Olhei para trás, instrospectivas diárias sem definições precárias, fizeram de mim artista.
Continuarei a pensar mais rapido do que escrevo.
De novo, entreguei ao corpo, a sensação.

sexta-feira, agosto 14, 2009

14/08/2009

São horizontes em que não vejo semelhanças. Os olhares são diferentes, os toques estão presentes em cada passo e linha.
Marca-se em sublinhado a ignorância, não há quem diga quando acaba a distância, entre a inteligência.
Racionalização torna-se precisa em cada batimento gasto em vão. Motivo?
Não sei, nem analiso.
Erros automáticos costantes, pedidos chocantes, escritas cortantes.
É a realidade alterada, por breves instantes.
E no fim eu percebo. Não sei o que escrevi, apenas o que senti (talvez não).
Foi, mais um dia.

quarta-feira, agosto 12, 2009

.

Para quê tentar um significado quando a simplicidade é o desenho da mente, que transparece entre olhares.

Será preciso reflectir sobre papéis, pensamentos divagados em água salgada, corrompendo a essência da realidade acordada.

Vai andar comigo, enquanto toco e desapareço, formas de espaços intercalados com inconsciência presente.

Entusiasmo do momento, é nosso. Podia simplesmente ficar parado, as horas passariam, o teu rosto permaneceria imóvel, intacto, na minha parede mental.

domingo, agosto 02, 2009

24

Eram duas da manhã e eu estava desinibido.
Tudo era tão claro que não movimentei um braço; sentei-me e delirei, e nem perguntei a ninguém.
Sim, fora de mim e estou a arder.
Traições de madrugada e consenti, não é a mim que me dói, mas penso.
São roubados e mocados, putas e otárias.
Educação nada moralizada e pouco avançada.
Não, eu sou diferente e digo mais uma vez, que sa foda toda a gente.
Agora, são 4.